In the very old beating heart of Lisbon is the Cais da Rocha do Conde de Óbidos that was built only two centuries ago. Fortunately it remains in permanent activity and transformation giving life and purpose to very soul of the city.
The project consists of the rehabilitation of two old warehouses with very different characteristics.
The first one is built on solid brick walls that suspend the roof made of 4 metalic trusses and a iron/wooden mezzanine to maintain.
The second one presents a wide double vaulted space. The hyperbolic shaped ceiling is built on a set of 6 metallic arcs coated with a corrugated metal sheet.
The space was divided in a set of 5/6 offices duly compartmented, served by a community space on the center with a cafeteria, meeting room, pantry and sanitary facilities.
The idea consists on the union of the two different volumes in a balanced set. The solution is simple: an horizontal balcony extends its length along the old brick warehouse and beyond, crossing the top of the second one, becoming the new mezzanine of the great vaulted space.
The main entrance gains a depth and a scale consistent with the nature of the building.
The raw treatment of the interior follows the original function, presenting the true nature of the materials (structure and elements) without divergent coatings or ornaments.
O Porto de Lisboa é o coração ainda vivo da cidade. O Cais da Rocha do Conde de Óbidos, contruído há quase dois séculos, está no centro desta cintura fluvial que, felizmente, continua em permanente actividade e transformação.
O projecto consiste na reabilitação de dois velhos armazéns logísticos e com características muito distintas.
O primeiro é construído em paredes de tijolo burro que suspendem uma cobertura composta por 4 treliças metálicas. No interior contém ainda uma mezzanine de ferro e soalho de madeira a reabilitar.
O segundo constitui um espaço amplo de pé-direito duplo e abobadado, construído numa estrutura composta por 6 arcos metálicos de geometria hiperbolar.
O espaço é dividido num conjunto de 5/6 escritórios devidamente compartimentados, servidos de um núcleo comunitário com refeitório, sala de reuniões, copa e instalações sanitárias.
A ideia consiste na conjugação dos dois volumes tão distintos num conjunto equilibrado. A solução ocorre num gesto: uma pala estende o seu comprimento ao longo da fachada de tijolo do velho armazém e para além dela, trespassando o topo do segundo, transformando-se na nova mezzanine da grande nave abobadada.
A entrada principal ganha uma profundidade e uma escala condizente com a natureza do equipamento.
O tratamento cru dos espaços torna-se fiel à função original, apresentando a verdadeira natureza dos materiais (estrutura e outros elementos), sem acabamentos nem ornamentos divergentes.
2020
Private
Santos, Lisboa, Portugal
Built
André Pinto da Cunha
Francisco Duarte Ferreira
Hugo Lopes Martins
Luís Cardiga Santos
Pavel Rosales Espinoza
Bernardo Lino
Francisco Nogueira
www.francisconogueira.com